segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Nós Dois


Nesses últimos dias tenho me colocado muito a pensar em nós. Em quando fomos nós. Em quando nos fizemos nós. Nas mensagens até tarde na madrugada. Nas conversas todo dia de meia noite às três da manhã. Nas sete horas ininterruptas de conversa naquele sábado. Nos temas intermináveis e assuntos infindáveis de conversa. Nos nossos "eu te amo". Na minha "marmota" e no seu "marmotinha"... Fomos mais que apaixonados. Mais que namorados. Muito mais que um casal ensandecido trocando juras não cumpridas de amor.

Fomos nós. Tecemos nós. Atamos nós. Desatamos nós. Desfizemos nós.


Resta saudade.

... Te vi no ônibus essa noite... Te vi e não te vi nesses últimos dias. Não sei como vai. Não sei se está bem ou se está mal. Não sei se ainda pensa em mim. Não sei se pensa em nós. 

As pessoas tem dito que preciso de terapia... Talvez por isso me ponha a pensar em nós...

Nós nunca fomos os mais perfeitos. Nunca os mais belos, mais espertos ou mais felizes. Fomos uma breve união de opostos. Fomos um eclipse muito aguardado que por fim passa. A lua se entrecruzando com o sol, num brilho escuro e numa escuridão iluminada. Fomos o encontro entre o que jamais poderia ser, mas que ainda assim, lutou. Fomos o bebê não planejado durante um coito apressado e que teve que ser abortado. Fomos o encontro e o desencontro de dois estranhos familiares. Fomos nós.


Fizemos nós. Desfizemos nós. Desatamos nós.

Não somos mais nós. Somos pontas soltas. Pontas soltas que talvez um dia, façam nós com outro alguém.


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