domingo, 23 de fevereiro de 2014

Ocupado

Olhando através da janela do ônibus me coloco a observar muitas coisas. Não vejo carros passando, não vejo transeuntes nas calçadas, não vejo animais atravessando a rua. Vejo algo mais informe, mais incerto. Me coloco a observar dentro de mim. Paro finalmente para pensar nesse fluir contínuo que costumo chamar de existência, nesse movimento inconstante do existir, da tal da vida. Realmente tenho experimentado um tempo novo. Realmente conhecido gente nova, ido a novos lugares, feito novas coisas.

Ando ocupado com muita coisa. Muito para ler. Muito para estudar. Muito para fazer. Muito para existir.
Tenho me ocupado da minha vida. Não só me ocupado. Tenho me preocupado. Me preocupado com o rumo que ela leva. Me preocupado com o rumo que tudo leva. 

Será minha existência apenas mais uma palavra, uma vírgula ou um ponto em uma sentença que nada muda?
Será ela o ponto que faz a diferença, a palavra que muda a história?

O que fazer com a infinidade de pensamentos e emoções pululando do peito?

Cada vez mais "pístico" sigo a jornada. Um cavaleiro da fé que vez ou outra cai do cavalo.
Ando ocupado também com a cavalgada. Ando ocupado. Em uso. Cheio.

O que nos ocupa e nos preocupa?
Será que vale a pena?

Será que não é melhor o vazio?

Nenhum comentário:

Postar um comentário