segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Morte

Olhar distante, 
Mente viajante
Olhando na janela (da vida?).

Braço repousado,
Corpo reclinado
Descansando da lida
Sem saber entrar ou sair.

Delírio profundo,
Pensamento d'outro mundo.
Quer chegar ou partir?

Barco a vela,
Desenhado por aquela
Mão que tudo faz.
Ir ou vir?

Oceano tão incerto,
Tão profundo, tão singelo
E belo.
Hei de mergulhar em ti?

Carne crua
Natureza nua
Esta é, pois
Sua canção de ninar?

Caminhar sôfrego,
Vento fugaz,
Tempo voraz,
Apressado em partir.

Deita em tua cama,
Sai da janela
Porque agora
Vais repousar.

A fadiga se finda,
O cansaço termina,
O sono já chega
E o olho a pesar.

Não haverá sonho,
Nem despertar.
Não se levante,
Preocupa-te apenas em deitar.

Segue o infante
Que por muito peregrinou errante
E que só soube
Que o que havia era o caminhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário