Começa assim: timidamente. Sem planejar. Sem poder prever ou se preparar para algo que não se quer que aconteça. Algo que se aprendeu a temer que aconteça.
Começa com tímidos olhares. Com pensamentos furtivos sobre como seria caso desse certo.
Começa com tolas brincadeiras carregadas de verdade.
E quando se percebe, é para onde o pensamento se volta. É para onde o coração se volta.
Se torna uma espécie de bússola. Uma bússola que não aponta para o norte, mas que aponta para você.
Silêncio carregado de dizeres. Dizeres que às vezes nada dizem por temer o que hão de ouvir.
Medo.
Não foi de propósito e ao mesmo tempo foi.
Nada temos em comum senão o principal.
Você nada vai saber. Ou será que já sabe?
Não deveria saber. Não poderia. Não nesse momento.
Quem sabe um dia?
Quem sabe não é para ser?
Quem sabe nós não fazemos ser?
E de pontas soltas que outrora fizeram nós com alguém, possamos simplesmente fazer nós de nós.
Poderia ser que sim.
E seria lindo.
E eu continuo assim:
Te querendo, meio sem querer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário